domingo, 10 de julho de 2011

são estragos sem reparação

quero poder cheirar-te.
eu já soube escrever,
eu já soube tanto (nada);
agora, a minha vida é cheia de recordações,
e eu estou farta de que tudo seja reconhecer  -
quero sentir.
não fugi.
odeio não trancar a porta - entras -,
mas tenho de o fazer, porque já não consigo pensar.
vou dormir e esquecer que existes.
eu quero a cama.
quero ar, o teu ar;
deixa-me tocar-te antes de ires.

a vida é reconhecer, é relembrar - deixou de ser viver. quero o teu cheiro, para que tudo em mim normalize.